quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Depoimentos sobre o curso de Pós Graduação

Nossos agradecimentos aos esforços de Ricardo para a edição dos vídeos e a Luis Zanin pelo apoio técnico.









terça-feira, 24 de novembro de 2009

Educação – Mudança de Paradigma

Atualmente o ensino está sofrendo uma grande e positiva mudança, além de ser ensinado ao aluno o conteúdo previsto no currículo escolar, as escolas ensinam valores através de atividades externas e programas comunitários. O objetivo da escola atual é formar e capacitar o aluno a conviver em diferentes ambientes, com diferentes classes sociais, etnias e opções sexuais.
A preocupação da escola atual é totalmente pertinente, está ocorrendo uma mudança de paradigma que é essencial para formação de pessoas qualificadas profissionalmente e socialmente. Entenda-se como estar qualificado socialmente como a habilidade de se relacionar em todos os níveis, respeitando a todos, independente de credo, religião, posição social ou escolha sexual. Com essa nova tendência ocorre a aproximação de classes sociais e os alunos passam a ter mais contato e compreensão da realidade brasileira e mundial, diminuímos em contrapartida o preconceito.
A mudança de paradigma na educação está ocorrendo porque a globalização mundial assim exige, não se pode prender-se ao básico, além de conteúdo programático é indispensável ensinar valores, ensinar como interagir com os demais além de preparar para utilizar o conteúdo aprendido, com inteligência emocional, livre de preconceitos.
É satisfatório constatar que inúmeras instituições de ensino promovem atividades e utilizam técnicas e métodos que estimulam os estudantes a pensar, vivenciar situações inusitadas, formarem suas próprias conclusões através de experiências próprias. Com isso, formamos profissionais pensantes, críticos e exigentes. O papel da “nova escola” é fornecer as ferramentas que conduzem a esse resultado.
A informação é outra aliada na formação de novos modelos profissionais pela “nova escola”. Com o avanço da tecnologia e a internet a informação além de ser vasta, circula muito rapidamente, e o acesso que os alunos e profissionais tem por conta dessa rápida circulação de informação forma pessoas mais informadas e até mais flexíveis, proporciona uma visão mais aberta.
Um estudo publicado pela Universidade de Harvard também aponta que a grande missão educacional é proporcionar um aprendizado em contato direto com a economia, comunidade e sociedade.
A globalização e a informação conduzem a escola a adotar uma postura mais ativa e interativa junto à sociedade , resultando na formação de profissionais mais qualificados para nossa atual realidade. È notável que os resultados serão positivos para o indivíduo, para a sociedade e para o mundo.

Aprendendo a ensinar

Em um mundo com o google, twitter, facebook, orkut, wikipedia, blog, fotolog e etc, onde a informação chega de um lugar ao outro na velocidade incrível e as informações são tão abundantes nos deparamos com a grande maioria das escolas sem um site próprio com informações da instituição, seus currículos escolares, seus valores e métodos de ensino, ou mesmo seus resultados. E encontramos os professores, diretores e profissionais das escolas sem preparo e recursos para lidar com a era digital e com o mundo globalizado. Os resultados pedagógicos deste quadro são simplesmente insatisfatórios e as instuições sabem que algo precisa ser feito. Mas o quê? O que precisa ser mudado? E quais metodos pedagógicos serão implementados no lugar desses que hoje se mostram ineficazes?
Bem, a reformulação deve ser feita na forma como pensamos e principalmente na forma de como pensamos em educação. E essa tarefa começa com os pedagogos para depois atingir a todos os envolvidos nesse processo até chegar ao aluno. Muitas vezes os professores não tem treinamento nem suporte para ensinar e são demotivados. É preciso dar ferramentas e motivar os professores, para que eles possam sair da zona de conforto e experimentar outras formas de ensinar.
Não é necessário inventar novas ferramentas para ensinar, muitas delas já existem, o que é necessário é usá-las, já que próprias crianças já sabem usá-las. O que o professor deve fazer é direcionar o aluno para que ele use essas ferramentas de uma forma positiva e isso os faça obter conhecimento. Sim, estamos falando de muitas das ferramentas aqui já citadas. Quantos professores sabem o que é o Orkut ? Quantos professores tem um twitter, onde pode deixar mensagens, pensamentos, ou dicas de suas matérias, que o aluno pode simplesmente ver de qualquer lugar atraves do celular ? Porque falar somente de Machado de Assis na aula de literatura, quando se pode incluir livros que os alunos realmente leêm. Henry Jenkins em seu livro ‘ Cultura de Convergência’ comenta de um fenômeno chamado fan fiction em que crianças, adolescentes e adultos participam de fóruns de discussão para discutir obras literarias, como por exemplo, Harry Potter. Eles não só discutem, mas também criam novos enredos, contam a mesma história do original do ponto de vista de outros personagens, contam histórias de personagens que não aparecem muito, ou mesmo o que acontece com os personagens quando não estão na escola, quando estão de férias e etc. Essas histórias não são simplesmente escritas e colocadas no site, mas elas seguem um processo, o aluno ou interessado que é apaixonado pela histórias lê os passos básicos para conseguir escrever uma história, aproveita dicas de como evitar os erros mais comuns de quem está começando a escrever. Antes da história ser publicada no site, ela é passada para os chamados "leitores beta", e dentre suas categorias eles analisam a gramática, enredo, estilistica e dão dicas para o jovem escritor a melhorar sua obra. A ordem máxima é nunca criticar o jovem: o leitor beta, gostando ou não da história, do enredo ou mesmo como o jovem escreve, sempre destaca os pontos positivos do que foi escrito e apenas sugere o que poderia ser mudado em termos de gramática, estilistica, enredo e etc. O interessante nesse fenômeno é que a maioria dos interessados são muito jovens, e a maioria dos leitores beta são jovens também, muitos deles nem terminaram o ensino médio e já estão aptos a ajudar outros.
O ponto aqui não é jogar fora e deixar de ensinar o clássico, o tradicional como Machado de Assis, um excelente escritor que tem obras maravilhosas, mas sim tentar unir o que a criança e o jovem gosta com o tradicional. Como por exemplo após uma ler Harry Potter e Machado de Assis, poderia se trabalhar as diferenças e semelhanças dos escritores, métodos de estilistica e enredo que foram usadas nos dois, assim o aluno conheceria ou veria as obras de Machado de Assis com outros olhos.
Os alunos só ficarão motivados a escrever quando o que eles produzirem não for rabiscado em vermelho e avaliado com uma nota. Se escreverem com erros gramaticais, estes devem ser tratados como uma forma diferente de se escrever e que talvez não seja apropriado estar ali, assim o professor poderia sugerir o que seria apropriado naquele texto.
Na era da informação e globalização somos bombardeados com informações. Hoje o maior desafio não é adquirir o conhecimento, mas sim escolher o que é necessário, o que é util e proveitoso. Dentro desse contexto, os pais são importantes no processo e a escola é responsável por esse "Ensinar a aprender": os pais devem ser inseridos no processo e devem aprender a ensinar também. Digo isso porque os alunos devem aprender valores dentro de suas casas, respeito ao próximo, amor, e regras de conduta que não irá ferir o proximo, envitando agressões contra professores e colegas de escola.

Aprendendo a aprender constantemente

Ao iniciar este texto reflexivo e após leitura dos textos indicados pelo Professor Mestre Fabrício Ono, me peguei fazendo correlações com uma peça de teatro que assisti há duas semanas. A peça tem o título Aurora da Minha Vida e é de autoria de Naum Alves de Souza, que foi professor e retrata cenas de salas de aula da época de 1970, com um sistema escolar repressor e antidemocrático. Poucas coisas mudaram de lá para cá, principalmente a postura de professores que encontramos em algumas salas de aulas, ou seja, o aluno não tem voz e a repetição é a única reação notória.

É preciso que o profissional da educação exerça uma docência de alto nível com base teórica sólida e práticas eficientes que formem um profissional preparado para ver o mundo em sua totalidade.

A sociedade cobra dos profissionais de educação atitudes críticas e também cobra um profissional capaz de desenvolver as competências dos alunos e por vezes estes profissionais encontrados dentro da sala de aula não estão aptos a atender este nível de cobrança.

A formação dos professores, muitas vezes, não os torna capazes de continuar aprendendo de forma crítica, talvez por conta do baixo nível de ensino no país ou ainda por conta da falta de interesse dos mesmos.

A prática de estudar e acompanhar as transformações que acontecem na sociedade deve ser vista, pelos professores, como tarefa necessária a todo profissional de educação, que são também formadores de opinião.

Para Marins (2002) a formação continuada dos professores deveria transformar a escola em um lugar para troca a reconstrução dos conhecimentos em processo contínuo, sem previsão para finalização.

De acordo com Dornelles (2008) a formação significa um processo de (re) apropriação de todos os acontecimentos vividos, na qual esses estão diretamente relacionados aos profissionais que somos.

O professor precisa mediar a relação aluno x mundo e neste sentido não deve ignorar a bagagem que o aluno leva para dentro da sala de aula.
Leffa (2001, p. 334) afirma que:

[...] a sala de aula não é redoma de vidro, isolada do mundo, e o que acontece dentro dela está condicionado pelo que acontece lá fora. Os fatores que determinam perfil do profissional de línguas dependem das ações, menos ou mais explícitas, conduzidas fora do ambiente estritamente acadêmico e que afetam o trabalho do professor.

Muitos anos se passaram desde a década de 70 e ainda não há a conscientização da necessidade de construir o saber. Os professores, não só de inglês, devem ter em mente que a educação deve oferecer ao indivíduo a capacidade de pensar e agir na sociedade.

A formação constante deve ser relevante na vida de todos, não só de professores e/ou alunos, ela é a chave para o desenvolvimento pessoal dos indivíduos.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O falante resistente

Em um ensino de língua estrangeira, os professores devem considerar mais que apenas os aspectos linguísticos: os sentimentos e motivação de uma pessoa também interferem no sucesso da comunicação.
Quando lidando com os erros, o professor tem que considerar a possibilidade de um estudante que é “corrigido” ficar desencorajado a tentar falar novamente. Outro aspecto que interfere com a produção oral é a preocupação com a forma: tentando não cometer erros na estrutura gramatical, o aprendiz torna-se tão inquieto que não é capaz de se comunicar livremente e ver a relação entre intonação e significado.
Devemos considerar também a experiência anterior do aluno, a dificuldade em produzir sons da língua estrangeira e padrões de tonicidade e os fatores psicológicos, como dito anteriormente, a motivação e também a sua ansiedade em comunicar-se.
Nunan (1999) sugere alguns passos para motivar seus alunos: tempo adequado para que o estudante possa pensar e dar sua resposta; a correção entre pares que deve preceder a correção pelo professor; e o foco no conteúdo ao invés do foco na forma. Os professores também devem separar os erros de performance causados por, por exemplo, causas emocionais, dos erros sistemáticos onde o estudante realmente não conhece a estrutura.
Alguns métodos de ensino de linguagem trabalham com o aspecto emocional, como o Community Language Learning (CLL) criado por Charles Curran que se concentra nas necessidades e interesses do aprendiz. Curran acreditava que técnicas de aconselhamento poderiam ser usadas nos processos de aprendizado onde o professor atuaria como um conselheiro dando assistência e suporte aos estudantes e agindo calmamente e sem julgamento às necessidades de cada aluno.
Na Teoria das Múltiplas Inteligências pelo Doutor Howard Gardner, podemos considerar que a inteligência interpessoal é a que melhor se adequa à questão emocional, pois leva em conta o humor, sentimentos, motivação e intenção de uma pessoa (LIN, PO-YING). Assim como o método Total Physical Response que não foca nas regras gramaticais tão detalhadamente, sendo um método menos estressante e autoritário.
Os professores tem que avaliar a personalidade individual de seus estudantes com o propósito de aplicar o melhor método para cada um. Um sentimento de inadequação pode desmotivar um aprendiz. Mas, como isso não é possível em todas escolas, o estudante também tem que escolher o método que melhor se encaixa em suas necessidades e interesses na hora de optar por determinada escola ou professor.

O ensino da língua inglesa numa sociedade globalizada : Ensinar a escolher

“Conte-me e eu vou esquecer, mostre-me e eu vou me lembrar, envolva-me e eu vou entender” (Confúcio). Baseado nos pensamentos desse filósofo chinês, o conhecimento é adquirido a partir de um envolvimento, uma ligação com o que se está sendo ensinado e não apenas com a exposição de um conteúdo que muitas vezes não é de interesse geral dos alunos.
Edgar Morin determina sete saberes necessários à formação de uma educação do futuro que muitas vezes não são ensinados na escola, mas que fazem parte de um mundo onde os alunos estão inseridos, onde disciplinas deveriam deixar de ser fragmentadas e o conhecimento daria suporte para um mundo renovador seguido de uma reconstrução individual (MORIN, Edgar; ARROYO, Miguel, Revista Época). O ensino fragmentado por disciplina é dividido e impede a capacidade natural de se contextualizar. Como dizia Pascal no século XVII, “não se pode conhecer as partes sem conhecer o todo, nem conhecer o todo sem conhecer as partes”.
A escola hoje deve assumir um novo papel na sociedade, em que formar cidadãos para o mercado de trabalho, desenvolver a mão de obra para as empresas e estudar para passar no vestibular determinam assuntos que devem sim ficar somente no passado. O que o mundo globalizado e informatizado de hoje exige, são pessoas pensantes, capazes de lidar com situações de mudanças rápidas, com tecnologias avançadas que chegam a cada dia e não serem as “mãos”, mas as “cabeças” das empresas. Isso é o que demanda a sociedade e o que a escola deve passar aos alunos.

Educadores gostam de falar em “andaime”, o conceito de que um bom processo pedagógico funciona passo a passo, incentivando as crianças a constituir novas habilidades sobre àquelas que já dominam, fornecendo um suporte para novos passos até que o aprendiz se sinta confiante o bastante para caminhar sozinho. (Henry Jenkins)

Da mesma forma que um andaime, a escola deve ser capaz de proporcionar aos alunos o suporte necessário para uma formação acadêmica voltada a realidade atual, a vivência e necessidades globais. E o ensino de língua inglesa não deve ser diferente. Os alunos estão acostumados a ver o idioma como uma matéria secundária, necessária àqueles que pretendem viajar ou morar no exterior ou àqueles que o usam para o trabalho. O que não deixa de ser uma verdade, contudo o papel do professor no ensino do idioma deve ser também o de mostrar a importância e o valor de se viver num mundo globalizado, onde quanto maior e diverso for o conhecimento, mais oportunidades surgirão. Sendo o inglês, muitas vezes, a porta de entrada para esses alunos e futuros profissionais no mercado de trabalho.
Ainda em relação aos saberes de Edgar Amorin, a identidade assim como a compreensão humana são saberes que proporcionam ao professor de língua inglesa explorar em seus alunos a capacidade de olhar para o mundo com diferentes olhos, ou seja, com olhos de quem quer ver uma sociedade individualizada cada vez mais diminuta e formar uma conexão com o mundo através de uma língua capaz de ligar continentes de fazer-se entender no mundo comercial e assim entrar na era da informatização.
As orientações curriculares para o ensino de língua inglesa no ensino médio citam como objetivos, por exemplo, retomar a importância e função educacional do ensino de língua estrangeira, reafirmar a noção de cidadania, discutir o problema de exclusão e o sentimento de inclusão em face de valores globalizantes. Objetivos esses que incluem não somente o inglês na rede regular de ensino, mas também em escolas de idiomas. Contudo, a questão seria onde se aprende mais e melhor: em escolas regulares ou em institutos de idiomas?
A resposta a essa pergunta, com base nos PCNs, é mais tendenciosa a escola de idiomas, por razões óbvias como mais recursos investidos e concentrados somente no seu ensino linguístico ou instrumental. Entretanto, a escola regular, principalmente as de rede pública, deve tomar consciência que essa disciplina constitui a entrada para uma comunicação globalizada e o entendimento da informação como um meio para a formação de indivíduos capacitados a ver o mundo como “uma cultura que permita compreender nossa condição e nos ajude a viver, e que favoreça, ao mesmo tempo, um modo de pensar aberto e livre” (MORIN, Edgar, 2000).
O objetivo do ensino de língua estrangeira em uma escola regular pode não ser o de gerar alunos fluentes no idioma, como ocorre nos institutos, porém motivando-os ao conhecimento de uma nova língua e cultura, os alunos serão capazes de ampliar seus horizontes através da comunicação e diferenciar estruturas entre a língua estudada e sua língua materna. A opção de fazer suas escolhas deve ser inerente à capacidade do aluno em distinguir seus objetivos pessoais, e imperativo à escola de ser seu “andaime”, de fornecer, ensinar e envolver o aluno no que for necessário a sua formação pessoal e cognitiva, contudo, deixando a sua vontade a curiosidade por um mundo aberto de culturas, possibilitando a sensação de inclusão que a língua estrangeira pode lhes oferecer.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

One can’t make head or tail of something

Algo difícil de entender; sem pé nem cabeça.